sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Mais musicas para o dia-a-dia na escola!

O primeiro contato da criança com a música, realiza-se através da percepção do ritmo e da melodia da natureza: na maneira de falar, andar, rir; nas batidas do coração, nas ondas do mar, na respiração, no vento, nas folhas que caem... E na escola ela tem um papel muito importante. Auxilia no desenvolvimento da oralidade, no ritmo, coordenação, equilíbrio e outuros mais.
Ajuda a criar ambientes propícios para as atividades diversas, como acalmar quando necessário, estimular atenção e alegrar nas brincadeiras dirigidas.
Colocarei mais algumas canções.


CARRANQUINHA ( folclore)


A dança da carranquinha
É uma dança deliciosa, 
De por o joelho em terra
Para a gente ficar formosa.


Maria sacode a saia,
Maria levanta os braços,
Maria tem dó de mim!
Oh! Maria me dá um abraço.




Fui à Espanha


Fui à Espanha, buscar o meu chapéu. Ele é azul e branco, da cor daquele céu!
Ora palma, palma, palma
ora pé, pé, pé!
Ora roda, roda, roda. 
Caranguejo peixe é.


Caranguejo não é peixe, caranguejo peixe é.
Caranguejo só é peixe, lá no fundo da maré.


Samba menina, que vem lá da Bahia.
Pega essa criança e joga na bacia.
A bacia é de prata, ariada com sabão
Depois de ariada ela veste o seu roupão!
Seu roupão é de seda, camisinha de filó
Quem não tem par,segura se não vira vovó!


Ao terminar a música, as crianças terão de formar pares e aquele que não conseguir imita algo para a turma. Pode se variar, pedindo para ficar em outras quantidades. É uma brincadeira bem divertida!




Vai abóbora ( popular)


De abóbora faz melão
De melão faz melancia (bis)
Faz doce,Shinhá, faz doce, Sinhá
Faz doce, Sinhá Maria(bis)


Quem quiser aprender a dançar
Vai na casa do Juquinha(bis)
Ele pula, ele roda,
Ele faz requebradinha(bis)



Entrei na roda ( Folclore)


Eu entrei na roda, 
eu não sei como se dança,
eu entrei na contra dança, 
eu não sei dançar.


Lá vai uma, lá vão duas,
lá vão três, pela terceira.
Lá se vai o meu benzinho, 
Pelo bico da chaleira.


Obs: Como toda canção folclórica, pode haver variação na letra.





quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Brincadeiras Dirigidas

Vou dividir com vocês um pouco das brincadeiras dirigidas que conheço.
Começarei com uma brincadeira muito famosa nas escolas de educação infantil:

SERPENTE

As crianças ficam em círculo e a professora fica ao lado cantando a seguinte canção:
" Essa é a história da serpente, que desceu do morro, para procurar um pedacinho do seu rabo.
Você também ( fala o nome de um aluno), você também____________________ faz parte do meu rabão..."

Ao falar o nome do aluno, esse deve passar por debaixo das pernas da professora e segurar na cintura. Novamente canta escolhendo outro aluno, que passará por debaixo da perna da professora e do coleguinha que já esta na fila. E assim por diante até todos alunos ficarem atras da professora. É uma brincadeira que desenvolve coordenação motora, equilíbrio, ritmo, regras e limites ( pois precisam esperar sua vez para passar e precisa ficar na fila até a brincadeira acabar) e o social.

JÁ PARA CASA!

 Com um giz ou fita crepe, a professora marcará um X para cada criança, explicando que o X será uma casinha. As crianças irão ficar andando ou dançando ao som de uma música( pode ser cantada pelos alunos e professora ou pode usar um aparelho de som). Nesse intervalo da música , a professora irá retirar um X . Ao falar:"- Já para casa!", os alunos deverão correr e sentar em algum X. Aquele que ficar sem X  sairá da brincadeira. E assim vai retirando o x até sobrar apenas uma casinha.
Quando a turminha for muito pequena, como maternal ou jardim I ( 2 e 3 anos), pode se trocar a regra de sair da brincadeira para imitar algo, isto é, ao ficar sem x a criança terá de imitar um animal.

MAMÃE POLENTA

A professora será a mamãe na primeira rodada. A mamãe irá fazer de conta que está fazendo um bolo. Ao colocar na mesa ( de mentirinha), irá falar:" - Vou a praça e já volto. Não pode comer o bolo pois é para visita!"
A " mamãe" sairá de perto das crianças, que irão simular que estão comendo o bolo. Quando a mamãe voltar ( alguns segundos depois), irá pergunta:
" - Cadê o bolo que estava aqui?"
" - O gato comeu!" ( as crianças respondem)
"- Cadê o gato?"
"- Em cima do telhado."
"-Como faço para chegar lá em cima?"
-Pega uma escada de vidro."
"- E se eu cair?"
"- Bem feito!!!"
Nesse momento, as crianças terão de correr fugindo da mamãe. Quando a mamãe conseguir pegar um aluno, esse irá sentar e esperar a proxima vez. O última criança ser pega, será a próxima mamãe polenta.

ROBÔ DESENGONÇADO!

Essa brincadeira é bem simples, mas as crianças adoram, especialmente as pequenas. A professora irá cantar dando as ordens para as crianças imitarem. O ritmo é mais falado do que cantado:

" Tenho um robô, desengonçado. Tem um parafuso desapertado, seu robô mandou:
Pular bem alto!
Correr!
Imitar um avião!
Imitar uma abelha!
Engatinhar!"

Obs: A cada nova ordem , é preciso cantar a parte marcada acima.
Depois coloco mais brincadeiras.

domingo, 24 de abril de 2011

Vacinação é coisa séria!!!

Calendário de Vacinação
Calendário de Vacinação da Criança
Recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria
Idade
Vacina
Doses
Doenças que imuniza
Ao nascer
dose única
Formas graves de tuberculose
1ª dose
Hepatite B
1 mês
2ª dose
Hepatite B
2 meses
1ª dose
Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b
1ª dose
Poliomielite (paralisia infantil)
1ª dose
Diarréia e desidratação causada por rotavírus
1ª dose
Meningite pneumocócica, pneumonia, sinusite
3 meses
1ª dose
Meningite Meningocócica C
4 meses
2ª dose
Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b
2ª dose
Poliomielite (paralisia infantil)
2ª dose
Diarréia e desidratação causada por rotavírus
2ª dose
Meningite pneumocócica, pneumonia, sinusite
5 meses
2ª dose
Meningite Meningocócica C
6 meses
3ª dose
Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b
3ª dose
Poliomielite (paralisia infantil)
3ª dose
Hepatite B
3ª dose
Meningite pneumocócica, pneumonia, sinusite
1ª dose
Gripe
7 meses
2ª dose
Gripe
9 meses
dose única
Febre amarela
12 meses
dose única
Sarampo, rubéola e caxumba
1ª dose
Hepatite do tipo A
1ª dose
Catapora
15 meses
reforço
Poliomielite (paralisia infantil)
DTP (tríplice bacteriana)
1º reforço
Difteria, tétano e coqueluche
reforço
Meningite pneumocócica, pneumonia, sinusite
18 meses
2ª dose
Hepatite do tipo A
2 anos
reforço
Gripe
3 anos
reforço
Gripe
4 anos
reforço
Gripe
5 anos
reforço
Gripe
4 - 6 anos
DTP (tríplice bacteriana)
2º reforço
Difteria, tétano e coqueluche
reforço
Sarampo, rubéola e caxumba
(*) Não disponível na rede pública

sábado, 9 de abril de 2011

Músicas infantis





Pantera cor de rosa

Cheguei em casa sentei no almofadão.Puf puf
Para assistir televisão. Tic tac
Apareceu uma figura engraçada.
Te contei? Não!
Te contei? Não!
Era Pantera cor de rosa.
Pã ram pã ram...



Garrafa barriguda

Numa garrafa barriguda da da
Tem um carro ro ro.
De corrida da da.
Lá no barro ro, derrapou po po.
Ele brecou, ele brecou, mas não parou!
Fom fom!







Tinha uma banana

Tinha uma banana, no meio do caminho, escorreguei, caí no espinho.
Doeu ai, doeu ai ai ai ai, fez dodói  no bumbum
Tibum tibum

Meio distraído sentei numa almofada, ( bis )
Doeu ai, doeu ai ai ai ai.,fez dodói no bumbum.
Tibum, tibum

Fui para o médico de caminhão.


Quando lá cheguei, levei uma injeção.

Doeu ai, doeu ai ai ai ai.,fez dodói no bumbum. 
Tibum, tibum

* As crianças amam cantar essa música. 

Patos da lagoa

Os patos da lagoa, já sabem bem nadar
Já sabem bem nadar
Cabeça para baixo, rabinhos para o ar.
Cabeça para baixo, rabinhos para o ar.

Os patos da lagoa, cansados de nadar.
Cansados de nadar.
Andam longa trilha, pro ninho descansar.
Andam longa trilha, pro ninho descansar.


* Canto essa música, quando percebo que as crianças estão agitadas ou no final de uma roda de música.

Som do mosquitinho

Para ouvir o som do mosquitinho
E as batidas do coraçãozinho.
Pegue a chave tranque a boquinha.
Hummmmmmmmmmmmm

* Também para um momento de silêncio, como início de uma historinha ou antes da hora do soninho.

Palhacinho

Venham, venham todos!
Ver o palhacinho, que saiu à rua, com seu cavalinho
( estalar a língua, como som de cavalo andando)
Pra tocar cornetas, pra virar piruetas
( assobio )
Venham, venham todos!
Ver sua careta!
( As crianças fazem uma careta)

Depois coloco mais  músicas.
Dicas para uma roda de conversa com sucesso

Já presenciei e participei de várias rodas de conversas, que terminaram  mal... Crianças gritando, outras ausentes, pois estavam somente de corpo, as mentes estavam longe ou até mesmo o mosquitinho que passava  era mais interessante. Professores desesperados pedindo atenção e outros fazendo que nem estavam ali.
É uma pena, pois a roda é um momento de interação entre professores e alunos. E claro, um espaço diferente de transmitir algum conteúdo fora da sala de aula e dos cadernos.
Com ajuda de um coordenador, aprendi um jeito de facilitar esse momento.

* PLANEJE antes, o que será debatido ou conversado na roda.
* Inicie sempre com uma brincadeira ou música que os alunos fiquem de pé e de preferência com movimentos
 ( como a brincadeira da Serpente, Boneca de lata, Boneco desengonçado, e outras )
*PARTICIPE  da brincadeira, assim seus alunos terão prazer em participar também.
*Se a roda for de música, comece com músicas animadas ou agitadas e termine com as mais calmas.
*Torne a conversa agradável, utilizando perguntas para aguçar a curiosidade dos alunos.
*Deixe os alunos falarem também.
* Use e abuse de instrumentos para ilustrar o assunto, como fotos, cartazes, objetos e etc.
*Divida as funções na roda com os professores, enquanto um inicia o outro pode cantar ou fazer as brincadeiras e assim por adiante. Pois assim, todos participam e acontece troca de experiências entre a equipe.
*Não deixe o tema da roda acabar ali mesmo, leve para sala de aula e atividades de registro.


Boa roda para vocês!

domingo, 13 de março de 2011

O que estão acontecendo com as crianças de hoje?

Por causa da exigência da disciplina de projetos, realizei uma pesquisa sobre a história social das crianças desde a idade média até os dias atuais. Gostei tanto desse assunto que mesmo após ter me formado, continuo pesquisando. Gostaria de compartilhar com vocês um pouco desse trabalho. Boa leitura

Hoje uma pergunta que rondam os pais e educadores é: O que está acontecendo com as crianças?
É uma pergunta difícil de responder, mas com base em livros e documentos, descobrimos que a idéia de infância não foi a mesma no contexto da história da humanidade.
Na idade média, as crianças eram consideradas como um ser sem alma , um ser substituível,onde depois dos sete anos ajudava nas tarefas para auxiliar a família. Já a classe mais privilegiada, como a nobreza, dirigia seus filhos às amas ou camponesas que eram responsáveis pela criança até a idade de casar, que naquela época era bem precoce aproximadamente pelos onze anos. Portanto não tinha uma divisão da infância com adolescência.
A vida social dessas crianças era envolvida pela vida social dos adultos. Tudo era imitado, suas roupas, participação em festas e reuniões.
As crianças cresciam no meio dos criados sem haver preocupação alguma com disciplina ou com comportamento. Muitas vezes essa criança presenciava vulgaridades e brincadeiras grosseiras, ou seja, não acreditavam na inocência das crianças.
A família era social e não sentimental.
Nesse contexto, já haviam pessoas que se preocupavam com a disciplina e comportamento das crianças. Erasmo de Roterdã escreveu o primeiro livro sobre “etiqueta infantil”. O texto de Erasmo era uma expressão bem acabada de um gênero pedagógico e literário que conheceria grande sucesso nos séculos seguinte. Era, também, além de ser um tratado pedagógico, era um manual de civilidade, obra dedicada ao tema da etiqueta e das boas-maneiras (ERASMO, 1978).
Sua obra foi utilizada como base para muitas escolas que vieram a surgir. Foi utilizado também e principalmente pelos jesuítas, que eram responsáveis pela educação dos filhos da elite.
Com os Jesuítas veio a idéia que a criança era um ser que precisava ser “domesticado” através de valores passados pelos adultos. Era uma disciplina de humilhação, ou seja, do chicote e espionagem. A criança devia obediência aos adultos sem questionar. Se a criança não obedecesse, ganhava punições como castigos físicos (palmatória), servindo como exemplo aos demais.
No século XVII, com o cristianismo em alta, surge um modelo de família que é aceita pela sociedade e é copiada. A sociedade sofre mudanças no modo de pensar e de perceber a criança. Essa nova etapa surge na Europa com o crescimento urbano e a transformação da família patriarcal em nuclear e conservadora, onde o pai é a autoridade máxima dentro de casa. Começa então um período de paparicação, onde a criança agora é vista como um ser bondoso que precisa de cuidados, onde a família se responsabiliza por isso. Philipe Áries denominou esse período de surgimento da infância. Surge então uma preocupação de educar essa criança para se comportar com disciplina e costumes dentro de uma visão mais racional.
A partir desse momento é necessário que as crianças aceitassem e assumissem as novas regras e valores para se adequar a essa nova realidade. 
            O relaxamento da antiga disciplina escolar corresponde a um novo sentimento da infância, ou seja, uma nova concepção de educação.
Autores como Comênio, Rousseau, Pestallozzi, Declory, Frobel e Montessori entre outros, nos mostraram que as crianças tinham necessidades próprias e características diversas dos adultos.
            O comportamento começou a ser explorado cientificamente por John B. Watson em 1913 cuja sua teoria denomina- se Behaviorismo. É um termo inglês que significa comportamento.
            Para o Behaviorismo o comportamento é algo mensurável e que pode ser reproduzido em diferentes condições e em diferentes sujeitos, através do estímulo e resposta, ou seja, quando é influenciado, com reforço positivo ou negativo. É obtido o comportamento desejado. Esses reforços se dão através de elogios ou prendas para estimular um comportamento e punições para afastar o mau comportamento. Mas ainda não se preocupavam com a moral e ética das crianças.
Em 1932, Piaget escreveu “ Le Jugement Moral chez L´Enfant, uma obra que tem como tema a moralidade. Nela Piaget nos mostra que o comportamento e a criação moral ocorrem em etapas características da idade.
            Para Piaget a moral consiste num sistema de regras, onde é construído puramente social. 
            Ele também nos ensina que a consciência moral não aparece junto com a sensação moral. Essas pesquisas mostraram que na evolução do ser humano a moral se inicia na etapa genética Anomia, ou seja, uma etapa que começa no nascimento e discorre por volta dos cinco ou seis anos, onde a criança não segue regras coletivas, geralmente a moral não se coloca, as normas de conduta são determinadas pelas necessidades básicas. Porém, quando as regras são obedecidas, são seguidas pelo hábito e não por uma consciência do que se é certo ou errado.
            A heteronomia, que se estende dos seis anos até os nove ou dez anos de idade,surge a ideia de que as regras e normas morais são intocáveis, que não podem ser mudadas e qualquer mudança é desonesta.Nessa fase desenvolve um sentimento que Piaget denominou de realismo moral e que convive com duas idéias, que são:
* Todo ato que é desenvolvido de acordo com as regras passadas pelo adulto é sempre bom e justo.
* As regras valem pelo que dizem e não pela intencionalidade que as envolve.
            Já na fase da autonomia que equivale dos dez anos em diante, já possuem consciência das regras e moral, mas seguem de acordo com sua consciência.
             Levando em consideração todas essas descobertas vieram para definir a noção de infância do século XX as tendências progressistas, que mostravam que a criança precisa de liberdade para aprender e criar sua identidade a partir do meio social. Junto veio também a ideia de que a rigidez com as regras poderia transformar as crianças em robôs ou até levar a traumas psicológicos.
            Seguindo esse raciocínio A. S. Neill, acreditava que a convivência com os pais impedia os filhos de desenvolver a segurança suficiente para reconhecer o mundo, ou seja, ele acreditava que os pais só atrapalhavam os filhos. No seu livro, até comenta que são os pais que impede dos filhos a encontrar a felicidade.
            Na nossa sociedade, com todas essas influencias e com a estrutura familiar que também se transformou com o tempo, as crianças já não são educadas com tanta rigidez.
            Antes o comportamento era “moldado” pela estrutura familiar, antes conservadora. Atualmente o poder dos pais foi trocado por uma relação “democrática”, ou seja, ficou mais flexível dando voz aos filhos para ter mais entrosamento.
            Mas não deu muito certo. Ocorreu então uma grande confusão, ocorrendo enganos e mal entendimento sobre essa nova forma de relação familiar, na qual a disciplina deu lugar a permissividade.
            Os pais quando começam a vida com os filhos, não querem fazer igual aos seus pais, porém no dia a dia, geralmente estressados ou recorrem aos mesmos ensinamentos ou se sentem perdidos.
            Como estão se sentindo culpados por não terem tempo para ficar com os filhos, recorrem às conversas, dão mais carinhos e até trocam a culpa por presentes. Mas nada adianta.
            Quando a criança nasce, ela é hedonista, ou seja, vive em busca do próprio prazer e da satisfação. Ela tem idéia de que o mundo gira em torno dela e de que todos estão para servi-la. E ainda não possui valores. Os pais são os primeiros e os principais responsáveis pela transmissão de valores. A escola vai contribuir para essa formação, mas de forma alguma pode substituir.
            Vendo essa defasagem pelos pais, o ministério da educação criou os temas transversais no qual está incluído a ética, um espaço na escola para ser trabalhado as regras sociais e valores.
            “É necessário compreender que atitudes, normas e valores comportam uma dimensão social e uma dimensão pessoal. Referem-se a princípios assumidos pessoalmente por cada um a partir dos vários sistemas normativos que circulam na sociedade.” (pag.33 do PCN dos temas transversais).
            Quando não ocorre essa transmissão de valores, por insegurança, culpa ou medo a criança começa a apresentar a dificuldades em aceitar qualquer tipo de limite.
            Estabelecer regras sociais não causa traumas, pelo contrário, auxilia no desenvolvimento de um cidadão consciente.
            Os pais não conseguem separar a necessidade da criança com o desejo. O psicólogo Abraham Maslow desenvolveu uma teoria psicológica em que o ser humano possui necessidades que ocorrem em cinco grupos de forma hierárquica: Necessidades fisiológicas, necessidades de segurança, necessidades sociais, necessidades de estima e necessidade de auto realização.
            Os pais precisam reconhecer que devem suprir as necessidades e não os desejos, ou seja, se a criança está com fome, ela precisa de alimento e não de uma barra de chocolate. Nesse momento a criança não aceita o alimenta e utiliza de argumentos como choro, birra, gritos para convencer o adulto a fazer o que ela quer.
            Para evitar situações desagradáveis, os pais se tornam prisioneiros nas suas próprias casas, assustados e sentindo culpados por até eles não agüentarem essa criança que possui mais autoridade do que eles.
            A criança cresce então com uma visão distorcida da realidade e com uma deformação na percepção do outro.
            Uma criança sem limites pode acarretar com ela várias conseqüências: falta de interesse pelos estudos, falta de concentração, falta de capacidade de suportar dificuldades, falta de persistência e desrespeito pelo outro.
            Em resumo, a sociedade de hoje não está preparada para educar essa nova geração. Confusões de pensamentos, valores invertidos, famílias desestruturadas, educadores perdidos em várias tendências, pais culpados sem tempo e as crianças
No meio disso tudo, fica abandonada sem alguém responsável pela sua educação, tendo só o meio em que vive (que também está em crise) para nortear o seu caminho. 

Bibliografia: ZAGURI, Tania. Limites sem traumas. SP: Record, 2000.
OLIVEIRA, Zilma Ramos. Educação Infantil: Fundamentos e métodos.SP: Cortez Editora,2002

BOCK, Ana M. Bahia, FURTADO, Odair e TEIXEIRA, Maria de Lourdes. Psicologias: Uma introdução ao estudo de psicologia. 8ª ed SP: Editora Saraiva,1995
AQUINO, Júlio Groppa. A questão Ética na Educação Escolar ( artigo científico)

PCN dos Temas Transversais: Ética Moral : O significado dos conceitos

TAILLE,Yves de La(1). A Dimensão Ética na Obra de Jean Piaget ( artigo científico ) baixado em 17 de agosto de 2010 no site WWW.scribd.com/ doc/7284365/A-Dimensao-Etica-Na-Obra-de-Jean-Piaget

Ariés, Philippe , A História Social da criança e família. 2ªed.RJ: LCT,1981